quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Wilbur Wants To Kill Himself. Dir. Lone Scherfig - 2003

Já disse para algumas pessoas que não gostei desse filme. O filme é muito bem feito, sua trilha sonora é perfeita e os personagens são envolventes. O fato é que eu não sei lidar com “o fim”, seja de qualquer coisa, seja uma despedida, seja qualquer coisa que acabou... que terminou... O fim para mim é insuportável!

O filme “Meu Irmão Quer Se Matar” tem exatamente “o fim” como temática. Seu núcleo gira em torno de Wilbur (Jamie Sives) que busca incessantemente se matar. Harbor (Adrian Rawlins) é um homem bondoso que passa sua vida inteira tentando cuidar de Wilbur, seu irmão mais novo, salvando-o sempre de seus ataques suicidas. Eles cuidam de um sebo herdado do pai já falecido. É nesse sebo que eles conhecem Alice (Shirley Henderson), que entra na loja acompanhada de sua jovem filha Mary (Lisa McKinlay). Alice é faxineira num hospital das redondezas e vende os livros que os pacientes deixam nos quartos à medida que são desocupados. Harbour apaixona-se por Alice, fazendo com que os quatro vivam cada vez mais próximos.

A diretora Lone Scherfig consegue lidar de uma forma bem humorada com um tema muito delicado: A morte. Seu filmeItaliano para iniciantes (2000) foi um dos primeiros a levar o selo Dogma 95, movimento dinamarquês de regras rígidas que extirpa recursos técnicos que potencializam a ilusão do cinema e, de acordo com o manifesto, massificam a produção da arte, enganando a audiência. Com “Meu Irmão Quer Se Matar” Lone Scherfig abandona a maioria dos princípios do Dogma 95, mas, embora tenha fugido ao Dogma, mostra que aprendeu algumas lições: estéticamente o filme é impecável.

A história dessa estranha família é curiosa. Em tempos que o cinema é produzido para tirar uma reação imediata do público, seja de riso, seja de repulsa, seja de tristeza. O filme “Meu Irmão Quer Se Matar” não é assim. Nada está dado e sempre é bom duvidar da sua primeira impressão. A complexidade da vida em contraste com a simplicidade das pessoas é o grande centro da história. Os personagens são simples, mas escondem elementos que não são claros a primeira vista. A genialidade de Lone Scherfig está em ser absolutamente imparcial e, acima de tudo, em deixar nas mãos do público a interpretação dos fatos e o entendimento dos personagens.

Assista o Trailler:


8 comentários:

Fernanda Rubio disse...

Hola buena película (el trailer Genial!!)

PD: yo también hace tiempo que ando perdida, estoy a mil con el laburo pero los findes ando de ronda y visito,je

Saludos :-)

Felipe Silva disse...

Oi Fernanda!

É duro essa vida de blogueiro... Agente tem que dar conta de tudo e mais um pouco...

Abraço, e adorei a visita!

Valeria Elías disse...

FElipe! muy interesante... me gusta mucho este tipo de situacines que se plantean en los libretos, muy existencialistas :) saludos

Valeria Elías disse...

Felipe: buen inde para vos y que la primavera te revele muchos secretos hermosos besos

Felipe Silva disse...

Gracias! que assim seja!
Obrigado pelo carinho :)

victor simoes disse...

Oçá Filipe, tens um excelente blogue e nós pessoal de " A Voz do Povo", viemos cá fazer uma visita! Parabéns e continua, tens um bom trabalho.

Poderás visitar-nos em: http://www.comnexo.blogspot.com

Já agora aqui fica o convite para fazeres parte da equipa do "A Voz do Povo", para isso basta solicitar-nos o acesso por e-mail para: avozdopovo@sapo.pt

Um grande abraço!

Fernanda Rubio disse...

Claro que es dura la vida de bloggero pero se disfruta!!!!

Vitor Bustamante disse...

Isso está movimentado, hein! O cartaz desse filme não me fez esperar grande obra, mas agora, estou muito afim de ir ver. Talvez eu vá na quinta enquanto os brasileiros estarão a assistir ao debate dos possíveis presidentes futuros. Você foi convidado para escrever em outro blog, parabéns! Grande abraço!