quinta-feira, 20 de abril de 2006

Efeito Borboleta. EUA / 2004

"Dê-nos os bens, quer os peçamos ou não,
e afasta de nós os males mesmo que os peçamos.
Esta oração parece bela e segura.
Se nela encontra algo a censurar, não o escondas."
(Platão)
O que somos nós agora? Quais são as coisas que, agora, nos rodeiam? Por que elas são assim e não de outro modo? O filme "Efeito borboleta" dirigido por Eric Bress e J. Mackye Gruber nos ajudam a refletir sobre essas questões.

Evan ( Ashton Kutcher) é um jovem que herda uma estranha doença de seu pai; sua memória é apagada em momentos de grande estresse psíquico. Esse fato lhe causa muito constragimento pois ele tem importantes momentos de sua vida sem rastros nas lembranças.

Orientado por um psiquiatra para cotidianamente redigir um diário, Evan faz anotações de tudo aquilo que tem lembranças durante sua juventude. Quando chega à faculdade, Evan, por "ordem do acaso", pega seus antigos diários e começa à folheá-los. Num momento em que ele lê uma passagem que o remete à um momento de sua vida que está no seu inconsciente, Evan volta mentalmente àquele tempo, àquele período, e ganha de volta sua autonomia. Isso significa que Evan pode tomar uma decisão diferente da qual tomou no passado. Quando volta ao tempo atual, Evan percebe que uma pequena mudança no passado transforma radicalmente sua vida presente. Descontente com as mudanças ocorridas, o protagonista volta outras vezes às zonas sombrias de seu inconsciente, mas as conseqüências são cada vez mais desagradáveis, seja com ele próprio, seja para com as pessoas que ele ama.

Já dizia Leibniz que o presente está prenhe do futuro”. Todas as nossas decisões, ações, significações e omissões geram incontestavelmente nosso futuro, ou digamos, nosso presente de amanhã. Se agora “eu” sou de tal modo e tenho tais coisas ao meu redor, isso se deve a uma cadeia de causas que tiveram “eu” como origem. Foi livremente que “eu” constitui o “eu”de hoje, como é livremente que “eu” constituirei o “eu” de amanhã.

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2 comentários:

Unknown disse...

Gostei do seu blog. Visite o meu. Comentei alguns filmes que voc~e também comentou e parece que temos gostos em comum. Abraços. Taís.

Anônimo disse...

Ola, gostei do seu blog. Além de Mindwalk e Kim ki duk, há um diretor argentino, Eliseo Subiela com os filmes Hombre mirando al sudeste, Últimas imágenes del naufragio e No te mueras sin decirme adónde vas, como os que mais gostei dele. Até a próxima.