domingo, 13 de agosto de 2006

Det sjunde inseglet. Dir. Ingmar Bergman. 1957

Guerra, peste e fome. O filme “O sétimo selo” inserido no apogeu da crise do sistema feudal no séc. XIV, mostra com clareza o trinômio que põem fim a um período histórico: “Guerra”, “Peste” e “Fome”, faltava o quarto cavaleiro apocalíptico que é representado no papel da “Morte”.

O filme começa com a leitura do livro do Apocalipse, em que o anjo começa por abrir os selos do pequeno livro da verdade. Antonius Block (Max von Sydow) é um cavaleiro que volta das cruzadas e encontra a Suécia devastada pela peste negra. Numa certa manhã, na praia, enquanto descansa com seu cavalo, tem um encontro com a Morte (Bengt Ekerot) que diz a ele que chegou sua hora, que deve levá-lo, pois seu tempo acabou. Antonius propõe á Morte, com o propósito de ganhar tempo, um jogo de xadrez. Um cavaleiro medieval diante de um tabuleiro com a Morte. (Parece ironia; não é sem propósito que ouvi risos do público no cinema).

É possível notar um tom existencialista nessa história. O fim de uma era é encarado como o fim do mundo. O jogo de xadrez é o homem velho do medievo em confronto com seu fim inevitável. A cena do jogo mortal se dissolve e vemos nosso protagonista numa igreja procurando um sentido para a vida. Questionamentos, indagações invadem e tomam forma em seu pensamento. Antonius procura se esquivar de seu fim, mas percebe que é preciso saber lidar com ele. Procura então algo bom por fazer, uma boa ação; algo que alivie sua consciência. O cavaleiro revela seu medo, sua esperança, revela querer o conhecimento da vida, seu propósito, o porquê dele estar onde está. Mas quem o ouve atrás do véu do confessionário é a Morte que descobre qual será sua próxima jogada que colocará seu rei em xeque.

Cena do filme:

2 comentários:

Valeria Elías disse...

muy buen comentario!!!! crea expectativas e interés sobre la peli... Será cuestión de verla a partir de este analisis... Saludos

Fernanda Rubio disse...

Lo bueno de las películas clásicas es qué nunca pierden su encato. Tal vez tienen en su "fórmula" mucho de lo que el cine actual ya no tiene (o la mayoría): buen argumento y buenos guiones.

Ahora son más comerciales!!!