quarta-feira, 19 de abril de 2006

A dama de Honra. França/ Alemanha/ Itália, 2004

Nossos atos são nossos anjos bons e maus,
sombras fatais que caminham ao nosso lado.
(Beaumont e Fletcher)

Philippe (Benoît Magimel) é um jovem francês de 25 anos que mora com a mãe e as irmãs mais novas em um bairro tranqüilo. Ele acaba de arrumar um emprego no ramo imobiliário. No casamento de uma das irmãs, a dama de honra, Senta (Laura Smet), chama sua atenção à primeira vez. “Quando te vi, sabia que você era meu”. São essas as palavras de Senta a Philippe que da lucidez de um espírito perspicaz migra maquinalmente à penumbra de uma paixão doentia.


Dirigido por Claude Chabrol, o longa mostra a história de uma mulher que invadida por um narcisismo nada convencional seduz Philippe para se reafirmar em si. Os mistérios que rondam a vida de Senta, que tem como nome verdadeiro Stephanie, não diminuem o interesse de Philippe por ela. Esses mistérios refletem um desvio de conduta de Senta, revelando no final como negação de um passado irrefletido, como se cada nome que ela adotasse, de tempos em tempos, fosse uma pessoa diferente que vivesse em sua pele, com uma história distinta da sua.


O pedido de uma prova de amor por Senta assusta Philippe que se aproveita do acaso para dizer ter provado seu amor, mas Senta, para provar seu amor à Philippe mata um inconveniente conhecido da família do rapaz. Consumado o crime Philippe exita de se reencontrar com Senta, mas invadido por um idealismo romântico diz deitado na cama com Senta que jamais a abandonará ao entrar da polícia em cena.


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