sábado, 30 de setembro de 2006
Blog "A VOZ DO POVO"
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
Caros leitores
A eleição no Brasil é nesse Domingo, dia 01 de Outubro, e muita gente não sabe direito em quem votar. A população não conhece os seus candidatos à representação presidencial. A realidade é que não há muita opção, ou melhor, não apareceu nenhuma opção diferente, pois faltou, durante toda a campanha, debate e diálogo entre os candidatos. Ontem, 28 de Setembro, o candidato para a reeleição, Lula, não compareceu ao debate realizado pela maior rede de comunicação brasileira, a Rede Globo. Lula tem nas pesquisas por volta de 48% das intenções de votos e há possibilidade de que não haja segundo turno nas eleições. Isso é bom para o Brasil?
Particularmente penso que não! Sem debate não há democracia. Por isso espero que tenhamos um segundo turno e, por conseqüência, tenhamos oportunidade para um debate de verdade, o confronto entre os dois candidatos que sobrarem e que possamos distinguir, de forma mais nítida e clara, a diferença entre eles, diferença a qual, não parece haver nesse momento.
Coloquei aqui algumas entrevistas do YouTube postadas em sua grande parte pelo blog TV Aberta. O Jornal da Globo e a rede Record não são bons meios, ou meios muito confiáveis, para nos transmitir imparcialmente a voz de um candidato, mas foi o me é possível. Eu também estou muito indeciso, mas não podemos ignorar nosso país.
Candidato Luís Inácio Lula da Silva
Parte I
Parte II
Entrevista da rede Record
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
Wilbur Wants To Kill Himself. Dir. Lone Scherfig - 2003


O filme “Meu Irmão Quer Se Matar” tem exatamente “o fim” como temática. Seu núcleo gira em torno de Wilbur (Jamie Sives) que busca incessantemente se matar. Harbor (Adrian Rawlins) é um homem bondoso que passa sua vida inteira tentando cuidar de Wilbur, seu irmão mais novo, salvando-o sempre de seus ataques suicidas. Eles cuidam de um sebo herdado do pai já falecido. É nesse sebo que eles conhecem Alice (Shirley Henderson), que entra na loja acompanhada de sua jovem filha Mary (Lisa McKinlay). Alice é faxineira num hospital das redondezas e vende os livros que os pacientes deixam nos quartos à medida que são desocupados. Harbour apaixona-se por Alice, fazendo com que os quatro vivam cada vez mais próximos.
A diretora Lone Scherfig consegue lidar de uma forma bem humorada com um tema muito delicado: A morte. Seu filme “Italiano para iniciantes” (2000) foi um dos primeiros a levar o selo Dogma 95, movimento dinamarquês de regras rígidas que extirpa recursos técnicos que potencializam a ilusão do cinema e, de acordo com o manifesto, massificam a produção da arte, enganando a audiência. Com “Meu Irmão Quer Se Matar” Lone Scherfig abandona a maioria dos princípios do Dogma 95, mas, embora tenha fugido ao Dogma, mostra que aprendeu algumas lições: estéticamente o filme é impecável.
A história dessa estranha família é curiosa. Em tempos que o cinema é produzido para tirar uma reação imediata do público, seja de riso, seja de repulsa, seja de tristeza. O filme “Meu Irmão Quer Se Matar” não é assim. Nada está dado e sempre é bom duvidar da sua primeira impressão. A complexidade da vida em contraste com a simplicidade das pessoas é o grande centro da história. Os personagens são simples, mas escondem elementos que não são claros a primeira vista. A genialidade de Lone Scherfig está em ser absolutamente imparcial e, acima de tudo, em deixar nas mãos do público a interpretação dos fatos e o entendimento dos personagens.
Assista o Trailler:
terça-feira, 19 de setembro de 2006
Assistir ou não assistir? Eis a questão!
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
Dancer in the Dark. Dir. Lars Von Trier. 2000


A interpretação de Bjork é brilhante. Sua voz e seu carisma dão à personagem Selma uma profundidade e um espírito lúdico que facilmente acomete o público à uma familiaridade inevitável. A frieza e o distanciamento do diretor Lars Von Trier, já aqui comentado em Dogville, parece casar-se perfeitamente com o encanto da personagem representada por Bjork. A simplicidade dos fatos que se desenvolvem na narrativa e das pessoas que se apresentam em cena retratam uma realidade bucólica, porém, cruel. Esse é o ponto que Trier sempre insiste em seus filmes.
A grande questão do filme é: Pode-se ser inocente de um assassinato a sangue frio? Selma mata um policial, seu vizinho, após ir à casa dele pegar o dinheiro que ele havia roubado dela anteriormente. Envergonhado do que fez, ele pede para que ela o mate. Selma, confusa e sem plena visão do que ocorre, o mata com tiros, ao que me parece, e essa é uma interpretação muito particular, de misericórdia.
O dinheiro roubado pelo policial era fruto de anos de trabalho de Selma para pagar uma cirurgia para seu filho. A tal doença é incurável, mas Selma mantém em sua mente essa fantasia pagando com sua vida numa forca norte americana.
Um filme genial de Lars Von Trier. Qualidades humanas como a confiança e a sinceridade são colocadas em foco num cenário onde o “mal”, inerente das ações humanas, vitima os mais fracos.
Confira uma cena do filme:
terça-feira, 5 de setembro de 2006
L' auberge espagnole. Dir. Cédric Klapisch. 2002


Tendo como cenário uma das cidades mais dinâmicas da Europa, Barcelona, “Albergue Espanhol” faz uma paródia com a diversidade cultural.
Xavier chega à Espanha totalmente despreparado - sem saber falar o idioma do local onde está. Entristecido por deixar a namorada na França, Xavier está confuso sobre quem é ou que laços pode criar nessa cidade estrangeira. Na busca de um lugar para ficar, ele acaba encontrando um casal francês recém-casado, um médico e sua solitária esposa, Anne Sophie, (Judith Godrèche) que lhe oferecem o sofá. Depois, encontra um lugar definitivo: um apartamento com sete estudantes de nacionalidades tão variadas quanto suas personalidades e sexualidade. Segundo Xavier, a multiplicidade de línguas faz lembrar o caos que existe em sua cabeça.
Xavier se vê, pela primeira vez, antes de “Bonecas Russas”, envolvido numa teia de mulheres: a namorada francesa Martine, que parece distante mesmo tendo vindo visitá-lo; sua melhor amiga lésbica no albergue e instrutora sexual, a belga Isabelle, que gostaria que Xavier fosse mulher; e a reprimida Anne Sophie, por quem Xavier sente um afeto que acaba desembocando num caso proibido. Esse problema foi melhor explorado no filme que ilustra os mesmos personagens cinco anos mais tarde...
Mesmo com corações partidos e olhos sendo abertos de formas inesperadas, e mesmo com o tumulto e a confusão reinando no apartamento, surge uma espécie de unidade a partir dos sonhos que seus habitantes têm em comum. Surge também a certeza que nenhum deles será igual depois das experiências que viveram no Albergue Espanhol. Agente nunca é o mesmo depois de conhecer alguém diferente...
Confira Xavier contando a história de seu primeiro beijo em Martine: